Trombose Venosa Profunda associada a viagens de carro
A condição conhecida como “Síndrome da Classe Econômica” ou “Trombose do Viajante” está associada à ocorrência de casos de tromboembolismo venoso (TEV) em pessoas com a história recente de uma viagem prolongada, ou seja, por mais de 4 horas.
Ela é mais conhecida quando se refere às viagens de avião, mas pouco ouvimos falar dos casos relacionados a viagens por outros meios de transporte, como carro, ônibus, caminhão ou trem, mas esses também podem ser fatores que contribuem para o aumento do risco de TEV (incluindo trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar).
Apesar do aumento do risco de TEV associado a longas viagens aéreas já ter sido bem estudado, o mesmo não acontece com as viagens pelos outros meios de transporte, uma vez que a adição de risco de tromboembolismo venoso associado a esses veículos, em particular ao carro, ainda não foi bem compreendido.
Alguns estudos epidemiológicos mostram que o risco de desenvolver uma trombose venosa pode ser semelhante após uma longa viagem de avião ou de carro.
A trombose relacionada à viagem de carro acontece principalmente naqueles que fazem trajetos longos (por mais de 4 horas) e sem interrupções, nos viajantes que não têm muito espaço para se movimentar dentro do veículo e naqueles que já têm alguma predisposição para eventos trombóticos, como por exemplo, trombofilias hereditárias ou adquiridas.
Até o momento não há indicação para o uso de agentes anticoagulantes para passageiros de carro em viagens longas. No entanto, algumas medidas simples podem ser tomadas, principalmente nos pacientes com risco maior. Por exemplo, o ideal é que o motorista faça pequenas paradas a cada 90 minutos, para que ele e os passageiros possam fazer pequenas caminhadas e possam se hidratar.